sexta-feira, 27 de março de 2009

Tango Com Humor

Tango é humor - basta ver, ouvir e viver



O americano Daniel Trenner é um dos pioneiros do tango nos Estados Unidos. Começou em 1986, quando ensinava Jazz na Faculdade de Dança Comtemporânea em Beunos Aires.



Daniel
Trenner estudou com os milongueiros da velha geração no final da década de 80 em Buenos Aires. Entrevistou e filmou esses milongeiros e começou a ensinar tango nos Estados Unidos, onde nos últimos 20 anos, já deu aulas, shows e workshops em mais de 100 cidades.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Entrevista com a bailarina Noel Strazza

“Calma, alerta, em silêncio e completamente consciente”.

“To be calm, alert, silent and completeley aware”.


Eis a tradução (de inglês para português) de trechos da entrevista da bailarina Noel Strazza, professora de tango no Studio Tango Montréal (www.studiotango.ca) para Richard Sagala -- publicada no site www.tangotang.com.

Ela começou a bailar profissionalmente em 1998, em 2000 tornou-se parceira de tango de Pablo Verón e em 2006 começou projetos de tango com Pablo Pugliese.

Noel Strazza diz, por exemplo, que a musicalidade é o elemento mais importante para a conexão enquanto se dança. Também diz que tango é conexão e improvisação.

Nesses dois parágrafos ela fala da condução (lead) e de ser conduzida (folower)

R.S- O que caracteriza o papel de ser conduzida no tango?

(What is it that characterizes the follower's role?)

N,S. – Em primeiro lugar, podemos dizer que você está lá para ser convidada. Eu realmente gosto de me referir ao papel da condução como um convite. Para mim, conduzir não é como dirigir, no tango conduzir é convidar. Então, desse convite brota uma conversa... (conversa que

é o tango – nota da tradução)

(...)

Então, em resposta a esse convite eu vou refletir a cor da dança: preta, azul, vermelha, rosa ou verde depende da música, depende do meu estado de espírito, depende de se é um dia de chuva ou não, depende de muitas coisas. Isto é o que caracteriza nosso papel ao dançar. Pode ser melhor se quem conduz se entrega totalmente a ouvir e responder. É exatamente como uma conversa. Agora, você me perguntou e está em silêncio porque está me ouvindo nesse momento. E se eu digo algo é porque quero uma resposta e é minha vez de ficar em silêncio para ouvir sua resposta... (assim se dança o tango)

N.S. In the first instance, you could say that one is there to be invited. I really like to refer to the lead as an invitation. For me the lead is not like driving, the lead is an encouragement, an invitation. So, from this invitation, a conversation springs up. You can start to communicate and for me that's what the lead is. And to abandon oneself to the lead in fact, rather than say ‘abandon", I'd prefer "empty oneself", be in neutral, without colour, simply there, present and transparent....

So, through that invitation, I am going to reflect the colour of the dance: black, blue, red, pink or green, depending on who's inviting me, depending on the music, depending on my state of mind, depending on whether it's raining or not, depending on... so many things. That initially is what the role of the follower is. So far so good, but it would also be good if the leader could abandon himself to listening and replying. It's just like a conversation. You're not speaking right now because you're listening to me but, if I say something, it's because I want a response from you, and then it's my turn to remain silent and listen to you.